25/04/13

Obra e Graça de Abril

Algo semelhante
e de repente um empurrão
da ponte abaixo.

Ou uma bala que voa
ao teu encontro, vinda
de nenhures, assobiando.

Ou tu algemado e
no gume de baionetas.

Ou seres nomeado
da forma mais vil.

Ou conheceres o cárcere
na vastidão das ruas.

Vícios, défices,
ultrajes
que já só de memória.
já só nos alforges
da memória. Por
obra e graça de Abril.


A. M. Pires Cabral
[De A Poesia Está na Rua]

4 comentários:

  1. Não há palavras porque quase as gastámos a gritar: Viva o 25 de Abril!
    Um beijinho

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  2. Maria João, e temos que gritar sempre mais alto para que nos ouçam!!

    Um beijinho.:))

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  3. Ana, desconhecia este poema e gostei, pelo decidi colocá-lo!

    Um beijinho.:))

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